Apresentação

Minha foto
São Sebastião - DF/ Brejolândia - BA, Distrito Federal / Bahia, Brazil
Acreditamos que a prática da capoeira em sua essência, possibilita o homem a dar um grito de liberdade não só enquanto sistema mas também enquanto pessoa, aprofundando da nossa história e expansão de consciência, utilizando a maior ferramenta sócio-histórico-cultural da humanidade, a "mãe capoeira". As oligarquias tiveram exito em suas pretensões em moldar parte do nosso povo, até hoje se percebe o poder de domínio e manipulação desses canibais imperialistas, quantos bandos de bandeirantes requintados que ainda caçam e destroem culturas de povos inteiros em virtude dos lucros que é seu único e exclusivo fim, acorrentam, oprimem e castigam nosso povo, com perversidades e humilhações a cada dia mais variadas. Em contrapartida a ECEL CAPOEIRA atua na formação de mentalidades construtoras e libertadoras, fundamentados no autoconhecimento pessoal e cultural, somados ao respeito sagrado a natureza... Rompendo os laços que nos une a condição de serviçais, com a força de nossa própria cultura.Vida longa, livre, saudável, digna e honrada. Mestre Cipó Cristino Júnior (61) 9851-6028 / 8570-4673

Total de visitas

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Fossas Sépticas Econômicas

Uma atividade que precisa ser reproduzida, prática, eficiente, barata e benéfica!



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Hidroterapia

Por hidroterapia entende-se o tratamento pela água sob suas diversas formas e a temperaturas váriáveis.
A água é um dos meios de cura, um veículo de calor ou frio para o corpo. Aplicada ao corpo, opera nele modificações que atingem, em primeiro lugar, o sistema nervoso, o qual, por sua vez, age sobre o aparelho circulatório, produzindo efeitos sobre regularização do calor corporal. As reações da aplicação da água são portanto, três: nervosa; circulatória e térmica.
O valor da água na vida é reconhecido praticamente por todas as culturas. Já os médicos egípcios - que eram também sacerdotes, astrônomos e artistas - atribuíam grande importância a diversas medidas de higiene relacionadas com a alimentação, vestuário, ginástica e aplicações hidroterápicas. A prática da hidroterapia (do grego hydro, "água" e therapeia, "cura"), também é indicada por vestígios de instalações de higiene proto-indianas (2500 a.C.) e dos banhos caldeus.
A noção de que água integra a composição do corpo e do universo ocorre simultâneamente nas civilizaçoes orientais da China e Índia. Segundo essas culturas, tudo o que existe resulta de uma relações entre os cinco elementos: água, ar, terra, fogo e éter (na Índia) ou madeira (na China). Os gregos reconheciam apenas quatro elementos (água, fogo, terra e ar).
Sítios arqueológicos gregos incluem locais de banhos e há numerosas referências às virtudes curativas da água. Nos cantos homéricos (1000 a.C.) fala-se de ritos de purificação com água, que precediam a entrada no templo de Esculápio (ou Asclépio), o deus grego da medicina. Por volta de 500 a.C., os templos de Asclépio situavam-se perto de fontes e incluíam locais de banho. Píndaro (518-446 a.C.) dizia que "a água é o que de melhor existe". Pitágoras (530 a.C.) recomendava a seus discípulos os banhos frios e a dieta vegetariana (juntamente com algumas ervas medicinais e a ginástica). Hipócrates de Quíos (460-377 a.C.) fez amplo uso da hidroterapia, destacando o papel da pele para a desintoxicação do organismo. Muitos dos procedimentos hidroterápicos fundamentais (vapores, compressas úmidas com água doce ou salgada e mel ou azeite), ainda em uso, já eram utilizados por Hipócrates.
As mulheres dos antigos macedônios banhavam-se com água fria, após o parto (norma higiênica e de prevenção de hemorragias pós-parto)
Os escritos de Cícero, César Augusto, Horácio, Plínio o Velho e sobretudo de Aulo Cornélio Celso e Galeno mostram como as práticas hidroterápicas (irrigações, ingestão, duchas, banhos), muitas vezes aprendidas dos médicos gregos, tornaram-se importantes para os romanos e se desenvolveram através da difusão das termas, os locais destinados aos banhos públicos, e de instalações balneárias. A medicina romana manteve o tratamento com água aquecida/resfriada, que passou a ter ampla utilização. Os banhos públicos podiam ter diversas finalidades, entre as quais a higiene corporal e a terapia pela água dotada de propriedades medicinais; em geral, as manhãs eram reservadas às mulheres, e as tardes destinadas aos homens. Com a decadência do Império Romano perderam-se os vestígios dessas práticas nos séculos seguintes.
Em 313 na cidade de Milão, Constantino, Imperador romano do Ocidente e Licínio, Imperador romano do Oriente preparam um documento (edito) enviado a todos os governadores das Províncias, onde se consagra o princípio da liberdade religiosa e/ou proibição do paganismo e segundo alguns autores inclusive dos banhos públicos ou termas.
A expressão termalismo também é utilizada para designar as diversas técnicas e práticas da hidroterapia, de acordo com Quintela os locais onde se práticam tais intervenções são designadas por Balneários, Termas, Casas de Banho, Estâncias Termais ou Hidrominerais e Caldas. Diversas cidades ao longo do século XIX e XX foram assim designadas no processo, segundo a referida autora de legitimação dessa antiga prática da "medicina religiosa".

Geoterapia

A Geoterapia é um tratamento holístico e natural com frutos da terra. Ela utiliza-se de argila, barro, pedras e cristais, como ferramentas reequilibrantes. Todos os antigos povos do oriente e do ocidente usavam a geoterapia para amenizar e cuidar de desequilíbrios físicos e emocionais.
Há diferentes tipos de energia nesses elementos. A energia dos raios solares ativa os cristais e os elementos desencadeando um processo dinâmico e vitalizador capaz de beneficiar o corpo humano.
Outro tipo de energia é aquela determinada pelo campo magnético vibratório do planeta, que deixa a terra impregnada de uma força surpreendente - mesmo a argila seca ou o barro contém essa energia. E por fim, energia estrutural derivada da própria terra e de seus componentes - região, tipo de solo, formações geológicas, clima, etc.
Atualmente, nas clínicas naturalistas, a argila tem sido amplamente utilizada, sozinha ou associada a outros elementos. No caso da geoterapia estética, a máscara de argila é aplicada para promover a estimulação das células quando seca. O tratamento deve ser acompanhado do uso de hidratante neutro e é necessário usar filtro solar no corpo em qualquer época do ano.
A geoterapia também se utiliza de pedras e cristais como ferramentas reequilibrantes. Equilibra os centros energéticos e meridianos dos corpo, facilita o contato com o Eu Interior e trabalha terapeuticamente as zonas reflexológicas.
Há milênios a humanidade é atraída pelos cristais e pedras preciosas e semipreciosas. Isso porque elas já carregam seus símbolos, suas histórias e emanam características próprias.
A terapia holística utiliza um somatório de técnicas milenares e modernas, e a utilização das pedras e cristais como estímulos nessas técnicas busca torná-las, ainda mais eficientes, suaves e naturais, para a busca de autoconhecimento e equilíbrio, e no aumento da capacidade de superar obstáculos, alcançando a harmonia e realização interior.
Técnicas como: massagem com pedras e cristais, harmonização e equilíbrio dos chakras, cristalopuntura, auriculoterapia, reflexologia (podal, quiro e auricular) e visualizações criativas, em conjunto com a energia e capacidade de harmonização das pedras e cristais, procura uma forma eficiente e natural de busca do bem-estar e qualidade de vida." Noronha, S.K.; "pedras e cristais: Em busca do equilíbrio"; Ed.Sinte, 2003

Fitoterapia

Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas medicinais e suas aplicações na cura das doenças.

Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais prioridades da farmacologia.
Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira, principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato homogêneo da planta.
Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados .
Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico. A variação de concentração do princípio ativo em chás pode ser muito grande, tornando praticamente impossível atingir a faixa terapêutica com segurança em algumas plantas aonde essa faixa é mais estreita. Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a variação na concentração do princípio ativo em cápsulas pode variar até em 100%. Nas ultradiluições, como na homeopatia, aonde não há o princípio ativo na apresentação final, não há nenhum desses riscos anteriores, mas também não há nada que indique que haja qualquer efeito benéfico.
À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados de modo a eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas, de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os demais.
No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de riscos. Primeiro porque pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Segundo, porque a simples idéia de extrair princípios ativos despreza os muitos outros elementos existentes na planta que, em estado natural, mantêm suas exatas proporções. Assim sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos colaterais ou adversos inesperados, devidos à ausência de sinergismo ou antagonismo parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta.

Trofoterapia

Valores Terapêuticos dos Alimentos: Já aqui abordámos noutro artigo o que é trofoterapia e falámos que está indicada para substituir inúmeros medicamentos farmacêuticos e outras formas inventadas pelo homem. Contudo, a fim de que esta substituição aconteça harmoniosamente, é necessário que os valores terapêuticos dos alimentos sejam considerados em função das suas substâncias trofoterápicas, ou dos seus princípios activos mais comuns.
Trofoterapia – O que é? Há centenas de anos um homem chamado Hipócrates, que mais tarde recebeu o título honorífico de “pai da medicina” disse: “Que o teu alimento seja o teu remédio e, o teu remédio o alimento”. Ficava fundamentada através deste conselho didáctico, uma das mais importantes ciências terapêuticas conhecidas, a trofoterapia.
Trofoterapia é a terapia através da alimentação. É utilizada para manter, desintoxicar ou restabelecer a saúde ao organismo humano, garantindo uma melhor qualidade de vida com resultado eficiente e rápido. O objetivo da trofoterapia é regular as funções orgânicas de um indivíduo sem produzir efeitos colaterais e fazer com que o próprio organismo tenha condição de manter-se saudável com o uso de alimentos simples e naturais.

Importante na trofoterapia é respeitar, entre outros, o principio da combinação adequada de alimentos numa mesma refeição. Assim as funções orgânicas são revitalizadas, havendo notável melhora do sistema de defesa.

A má combinação de alimentos pode resultar em um mal estar ligeiro de digestão e até graves problemas de saúde. Para que o organismo funcione bem, é importante cuidar da alimentação.

Os avanços das pesquisas comprovam o que já se sabia desde a antigüidade: os alimentos funcionam como os maiores e melhores remédios naturais para o organismo humano.

Assim, utiliza-se a trofoterapia nas mais diversas situações: uma alimentação que traga bom aroma, ótimo sabor, efeito visual agradável e que seja composta por ingredientes que tragam os fatores nutricionais necessários.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Combatendo a fome e corrigindo deficiências com alimentação alternativa


Autor: José Carlos Vaz
Consultores: Valdo França e Christiane Costa

O acesso à alimentação suficiente para uma vida saudável é um direito a ser assegurado a todo cidadão. E o principal responsável pelo combate à fome continua sendo o poder público. A erradicação da miséria depende de modificações estruturais fora do alcance imediato das prefeituras. No entanto, os dirigentes municipais têm a obrigação política e moral de criar alternativas compatíveis com o quadro de urgência que se apresenta.
O fornecimento de complemento nutricional, aliado aos serviços de atendimento às crianças (assistência médica, merenda, creche), pode gerar melhorias significativas em sua saúde e rendimento escolar. O método da Alimentação Alternativa permite um complemento nutricional de baixo custo e fácil implantação.

A ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA
O panorama nutricional brasileiro mostra um aproveitamento insuficiente do potencial nutritivo dos alimentos: a fome é agravada pela ausência de iniciativas para uma melhor utilização de fontes nutrientes disponíveis. Desperdiça-se a complementação alimentar de baixo custo que pode ser encontrada em folhas de hortaliças, vegetação espontânea, sementes e farelos produzidos no beneficiamento de cereais como arroz e trigo.
O princípio utilizado pela Alimentação Alternativa é o da Multimistura, onde a qualidade decorre da variedade e não da quantidade. Aproveita-se toda a potencialidade nutritiva dos alimentos através da combinação de variados elementos.
FARINHA MÚLTIPLA
Pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade de São Paulo apontam para a riqueza de vitaminas e sais minerais contidos nos farelos e nas folhas.
A produção de componentes nutricionais feitos a partir de farelos (de arroz e de trigo), da moagem de folhas verdes (de mandioca, batata-doce, abóbora) e sementes (de gergelim, girassol, melancia, etc.) – e sua reunião no complemento nutricional Farinha Múltipla – requer uma tecnologia muito simples: selecionar, moer, tostar e peneirar os ingredientes. O produto assim obtido é um complemento de fácil aplicação na culinária, podendo ser acrescentado à alimentação usual, sem alteração do paladar das receitas.
Pode-se aprender as técnicas de produção através de um curso onde, além da confecção do produto, discute-se aspectos nutricionais, os resultados obtidos com o uso da Alimentação Alternativa, receitas para o melhor aproveitamento dos alimentos consumidos e também a recuperação de receitas tradicionais da culinária brasileira.
Juntamente com o uso da Farinha Múltipla, a Alimentação Alternativa trabalha no sentido de levar ao aproveitamento máximo de alimentos como: fubá, quirela de arroz e milho, vegetação espontânea como beldroega, ora-pro-nóbis, caruru, trevo, borragens, chaguinha e cambuquira.
UMA POLÍTICA SOCIAL DE COMBATE À FOME
A adoção de Alimentação Alternativa permite à prefeitura executar uma política social de combate à fome em suas múltiplas manifestações – em particular a desnutrição infantil. Esta política pode ir além da orientação à população e fornecer Farinha Múltipla como complemento nutricional a gestantes e crianças através de creches, merenda escolar e postos de saúde.
IMPLANTAÇÃO
O primeiro passo é a elaboração de um Plano de Implantação, para orientar a execução do projeto. Através de um estudo da economia e da cultura local, faz-se um levantamento dos recursos nutricionais (inclusive daqueles não considerados alimentos) e hábitos alimentares da população, determinando quais produtos podem ser empregados na fabricação da Farinha Múltipla.
Baseado nesses estudos, o Plano de Implantação deve ser detalhado, indicando as áreas envolvidas, as etapas, metas, prazos e responsabilidades.
A partir daí, pode-se organizar o fornecimento da matéria-prima, integrando ao projeto os pequenos agricultores da região. A prefeitura deve, ainda, procurar fornecedores para os produtos não assumidos pelos agricultores locais. É possível produzir a matéria-prima também em hortas comunitárias.
A montagem da Casa da Farinha, para o processamento dos ingredientes, baseia-se em tecnologia muito simples. A produção pode ser administrada e operada por uma cooperativa de trabalhadores ou mesmo por uma entidade filantrópica.
Nas áreas da prefeitura onde se pretende implantar a Farinha Múltipla, são necessários cursos de capacitação para os profissionais envolvidos.
O acompanhamento e supervisão dos resultados requer um sistema de registro quantitativo e qualitativo da evolução do projeto. O acompanhamento é completado por um processo de animação dos funcionários, através da avaliação contínua dos resultados, troca de informações com outras experiências em andamento e apoio técnico através da Rede "Alternativas Contra A Fome".
A elaboração de uma cartilha e a veiculação de anúncios funcionam como um importante elemento de apoio. É indispensável capacitar agentes multiplicadores da proposta através de seminários e cursos dirigidos à população.
RECURSOS
A implantação da produção da Farinha Múltipla não exige investimentos vultosos. O atendimento a 13.000 crianças, por exemplo, requer cerca de US$ 29.000, referentes a veículos, mobiliário e instalações. A contratação de consultoria técnica especializada para promover a implantação custa entre US$ 12.000 e US$ 15.000.
A fabricação da Farinha Múltipla tem custos operacionais muito baixos. Com cerca de US$ 30.000 anuais é possível atender a 13.000 crianças, o que significa aproximadamente US$ 2,31 anuais por criança (sendo que a matéria-prima representa US$ 0,60).
EXPERIÊNCIAS
Em Ribeirão das Neves-MG, o médico Marcos Oliveira organizou a distribuição de farelos de arroz e trigo como complemento nutricional às crianças atendidas no posto de saúde. Houve uma sensível redução do índice de perda de peso, que chegou a zero, e diminuiu o retorno de crianças com novas queixas. A partir desta comprovação clínica, pôde ser implantado um programa de saúde e alimentação escolar baseado no uso de alimentos não-convencionais. A prefeitura forneceu um fogão industrial para posto de saúde, onde o complemento, à base de mistura de farelos, era processado e vendido a preço de custo.
Em Registro-SP, a experiência da Pastoral da Criança, incorporada pelo Centro de Saúde, tem possibilitado a recuperação de crianças desnutridas nas regiões mais pobres do município. Utilizando-se do princípio da Multimistura, os técnicos do Centro de Saúde têm dado orientação nutricional às mães, obtendo sensíveis melhoras nas condições gerais de saúde das crianças.
É importante enfatizar o caráter de complemento deste instrumento: deve acompanhar programas de creche, reforço alimentar e assistência médica. Não é a Alimentação Alternativa que elimina a desnutrição infantil, mas sim uma política social abrangente, da qual ela faça parte.
RESULTADOS
1. nutricionais
O fornecimento da Alimentação Alternativa para crianças, em creches e postos de saúde, proporciona cicatrização de lesões cutâneas, melhoria da visão e dos reflexos motores e psíquicos, diminuição de diarréias e outros sintomas típicos da desnutrição, aumento da capacidade de resposta a estímulos e redução de apatia e dificuldades de aprendizado.
2. econômicos
Outros resultados positivos somam-se ao baixo custo do programa. A Alimentação Alternativa passa a servir, também, como instrumento de geração de renda, estimulando pequenos agricultores e iniciativas comunitárias como hortas e cooperativas.
Como a Farinha Múltipla pode substituir outros complementos nutricionais, baseados em produtos químicos produzidos por grandes empresas monopolistas, seu uso reduz o fluxo de recursos para fora da economia local.
3. sociais
Além de auxiliar no combate à desnutrição, a Alimentação Alternativa pode diminuir a demanda por serviços de saúde e melhorar o aproveitamento no processo de aprendizagem infantil. A partir de seu sucesso, é possível desencadear outros programas alimentares, baseados no estudo dos recursos e hábitos nutricionais já realizado. A possibilidade de estimular trabalhos comunitários pode contribuir para avanços na organização da sociedade civil e na descoberta de novas fórmulas de relacionamento entre esta e o governo municipal.
4. ecológicos
A Alimentação Alternativa possibilita o aproveitamento mais racional de recursos naturais, ao eliminar o desperdício de alimentos (e partes de alimentos) com grande poder nutritivo.
5. culturais
Ao valorizar aspectos da culinária brasileira popular, possibilitando a redescoberta de antigas receitas e a reavaliação de outras, a Alimentação Alternativa pode ser uma intervenção cultural significativa junto à população do município.