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São Sebastião - DF/ Brejolândia - BA, Distrito Federal / Bahia, Brazil
Acreditamos que a prática da capoeira em sua essência, possibilita o homem a dar um grito de liberdade não só enquanto sistema mas também enquanto pessoa, aprofundando da nossa história e expansão de consciência, utilizando a maior ferramenta sócio-histórico-cultural da humanidade, a "mãe capoeira". As oligarquias tiveram exito em suas pretensões em moldar parte do nosso povo, até hoje se percebe o poder de domínio e manipulação desses canibais imperialistas, quantos bandos de bandeirantes requintados que ainda caçam e destroem culturas de povos inteiros em virtude dos lucros que é seu único e exclusivo fim, acorrentam, oprimem e castigam nosso povo, com perversidades e humilhações a cada dia mais variadas. Em contrapartida a ECEL CAPOEIRA atua na formação de mentalidades construtoras e libertadoras, fundamentados no autoconhecimento pessoal e cultural, somados ao respeito sagrado a natureza... Rompendo os laços que nos une a condição de serviçais, com a força de nossa própria cultura.Vida longa, livre, saudável, digna e honrada. Mestre Cipó Cristino Júnior (61) 9851-6028 / 8570-4673

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As atuações de Zeferina e Luísa Mahim na luta contra a escravidão



A história de mulheres negras que participaram de movimentos rebeldes e lutaram pela emancipação dos negros pouco é contada em livros. Duas personagens de destaque sobreviveram com a força da memória do imaginário popular: Zeferina e Luísa Mahim.
“Essas  não eram vistas como seres humanos, como sujeito de direito. O Estado não estava interessado em documentar absolutamente nada sobre elas. Ao longo do século XIX, as histórias dessas personagens ficaram no imaginário popular, principalmente no cais da Bahia. Foi isso que garantiu que chegássemos ao século XXI com as imagens vivas dessas personagens”, explica grandes estudiosos.
No ano de 1826 Zeferina foi líder do Quilombo do Urubu, localizado na região que hoje é compreendida entre Parque de São Bartolomeu até o bairro do Cabula. Sua atuação é citada no livro “A Revolução Escrava do Brasil - A história do levante dos Malês de 1835”, de João Reis. No livro, o autor narra que o governador da região, o Conde dos Arcos, não sabia de onde vinha a organização dos negros do Quilombo do Urubu e decidiu combater os insurgentes.
Após vários enfrentamentos com forças do governo, Zeferina foi presa. Para servir de exemplo, foi acorrentada e levada nesta condição até a Praça da Sé. “João Reis narra que durante o caminho ela sempre esteve com a cabeça erguida. Os policiais estavam chocados com a altivez dela. Quando perguntam quem ela era, ela informou quem era, de onde veio e disse que estava ali para libertar o povo dela”, conta a socióloga Vilma Reis.
Outro símbolo da resistência negra à escravidão ainda pouco conhecido é Luiza Mahim, apontada por alguns historiadores como personagem relevante e de articulação na Revolta dos Malês, em 1835, ao lado de Pacifico Licutan, Manoel Calafate, Ahuna, Dandará e Sanim.
Não existem documentos que comprovem sua data de nascimento e até mesmo sua existência, a não ser a carta do seu filho, Luiz Gama. Nela, Gama conta que a mãe veio da Costa da Mina, junto com outros africanos escravizados.
“A liderança dela junto com outros negros vai abalar o império português. Essa mulher, junto com seus companheiros liderou um processo que bota em cheque o sistema escravista e que jamais será esquecido”, destaca a socióloga Vilma Reis.
Para ela, Luiza Mahim continua viva. “Ela está em cada mulher que coloca seu tabuleiro de acarajé nas ruas e não se abala com a dificuldade do mercado de trabalho e nas mulheres negras que vendem nas feiras populares de Salvador”.

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